sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Fotografia / ARTE


Sempre perguntava para as pessoas mais experientes como poderia ‘afinar’ e/ou ‘refinar’ meu olhar. Todas as respostas que obtinha levavam sempre para o mesmo lugar, ou seja, para obter um ‘olhar fotográfico’ eu teria que fotografar incansavelmente durante um longo período de tempo. Venho fazendo isso na medida em que consigo conciliar tempo para tantas tarefas em que me empenho.
O que gostaria de colocar neste texto é que desde minha primeira fotografia até hoje eu sinto exatamente a mesma coisa quando observo algumas cenas, como um ser humano dormindo  na rua, seja por opção, por condição ou por estado mental. 









A vida dessas pessoas deve ser até certo ponto cruel. Posso mencionar homens e mulheres dormindo, vivendo ao relento, com até certa propriedade. Tenho catalogado mais de 2.000 fotos de moradores e locais diferentes. Esta exclusividade não é apenas em nível de cidade ou estado, pois em diferentes países encontra-se o mesmo cotidiano.
Não pretendo entrar no quesito politicas publicas, pois fugiria do foco principal que é a fotografia.
Olhar um corpo coberto por papelão e pensar em toda a complexidade daquilo, ou até mesmo imaginar as etapas de vida que culminaram para que aquela cena se fizesse no momento, dentro de uma gama de possibilidades, exemplifico: o céu azul, a arquitetura dos imóveis ao redor, os transeuntes, os veículos passando e também o morador de rua. ‘Digerir’ todas essas informações visuais e escolher o foco que é o morador de rua para compor a temática principal, é sem dúvida um convite à refletir sobre contexto e levar outras pessoas à reflexão semelhante é sem dúvida o refinamento do olhar fotográfico.
 Ao fotografar sentimentalizo e me questiono sobre as reais necessidades destas pessoas. É certo que uma série de fatores culminou-se na situação, e essa situação é “A calçada é minha cama”.
Muitos não têm opção de sair desta vida, mas outros adentram por opção, eu me pergunto por quê? Ao fotografá-los, ao observá-los, ao conversar com eles consigo compreender um pouco esse contexto, entender a realidade deste mundo excluído, ignorado.
A meu ver, olhar (IMAGEM) e pensamento estão intrinsecamente ligados, não há como separá-los.


quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Fotografia / ARTE


Um menino me perguntou o que era necessário para ser um bom fotógrafo, eu olhei em seus olhos e respondi: “Não sei!”. Desapontado ele abaixou a cabeça e se preparou para sair, quando eu reforcei minha resposta.
“Talvez a receita não seja a correta, pois o caminho a ser percorrido possui obstáculos, dualidades, porém, para ser bom fotógrafo você deve seguir a mesma cartilha que ensina a ser um bom homem, um bom filho, um bom pai.  Deve respeitar as pessoas, ser humilde e acima de tudo amar o que faz. Praticando isso, sinceramente a chance de ser bom é garantida.”
O menino me olhava com os olhos esbugalhados e com a cara de que não estava entendendo nada.
O que quis dizer é que não se pode ser além de si mesmo. E um fotógrafo antes de tudo é uma pessoa e por ser pessoa, falha, tem medos, anseios, desejos, etc.
Para ser bom tecnicamente é necessário conhecer as técnicas, aprimorá-las, uni-las à sua concepção de fotografia, tendo assim ideia do que pretende produzir. Todavia, o mais importante é praticar.
Se existe segredo para o sucesso ele pode ser iniciado pelo treino. E mesmo ao conquistar o sucesso, deve-se treinar, deve-se aprender.
Erra quem acredita que já aprendeu tudo!
Imagine um fotógrafo na linha de fogo de um conflito armado na faixa de gaza. No meio do tiroteio, correndo o risco de ser atingido por qualquer uma das partes e sem lugar para se esconder a única coisa que o sujeito faz é clicar e tentar registrar o maior número de imagens, o maior número de detalhes. Nestas condições e em tantas outras não há possibilidade de compor ou pensar em ângulos, profundidades, foco, etc.
Mesmo assim, até fotografias tecnicamente imperfeitas podem transmitir emoção, podem despertar interesse, podem levar informação. Elas talvez não sejam aceitas em concursos internacionais, mas podem receber um prêmio de fotografia jornalística internacional.
Portanto o produto final “fotografia” inserido na categoria arte, é individual e dentro dessa individualidade é subjetivo.
Foto realizada na cidade de Atibaia/SP - ISO 100 f6,4 1/160 seg.
Foto realizada na cidade de Maragogi/AL -  ISO 64 f/6,4 1/400 seg.



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terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Fotografia / ARTE

Meu entendimento por arte no âmbito da fotografia é bem particular e não gostaria de entrar no mérito da questão. Não porque tenha receio de ideias contrárias, mas pelo fato de manter intacta a individualidade nos quesitos conhecidos pela arte. Ou seja, a arte é individual! E isso já é suficiente, ok?!
Queridos amigos, vivemos em um mundo de imagens. Tudo é fotografia.
Atualmente possuímos variadas tecnologias, capazes de otimizar e simplificar métodos de captação de imagens, porém cada dia que passa torna-se mais difícil criar uma identidade fotográfica.

Nada contra os diversos softwares de alteração, captação e coloração de imagens, mas cria-se muito menos no ato de fotografar, pensa-se muito menos para realizar a foto, compor e controlar a luz é realizar pós foto. Isso também tem muitas vantagens!

Tomando a ideia inicial de individualidade na arte, creio que a maior dificuldade é criar algo novo, só seu... Claro que muitas vezes repetimos até tentamos copiar fotos e/ou fotógrafos, mas buscar realizar foto com uma identidade própria é realmente muito difícil. Evidentemente que as questões técnicas devem ser insistentemente trabalhadas para que encontre e otimize seus pontos fortes. Digo que através desta individualidade pode-se efetuar maior contraste ou menor, organizar a imagem da forma que vê e que sente.  Quem faz a imagem é seu autor e o mesmo é livre para efetuar o quiser. Não acredito que aja certo ou errado, todavia do ponto de vista técnico algumas questões acho que são válidas.
Mesmo assim, não concordo em ter que selecionar um ponto no meio de uma avenida cheia de carros, pessoas, fios, nuvens, postes e pássaros. Poder-se-ia estar errado fotografar todos os elementos, registrar o contexto como um todo, como acontece, como o é.
E se em minha bagagem fotográfica resolver inserir fotos que tragam a essência, não selecionar elementos, apenas registrá-los, tentando assim obter uma identidade fotográfica, dentro é claro das ‘regras’, das normas técnicas realizadas e aceitas pela fotografia mundial, estaria errado? Estaria eu, fotografando errado? Ou até mesmo quem sabe a pergunta, seria eu, um fotografo ruim?
Bem, inicio este blog com intuito de trocarmos experiências, unir pessoas que possuem uma paixão em comum, a fotografia.
Não se esqueçam, não há segredos após dominar as técnicas, pratique, pratique muito e lembrem-se: A prática o leva a perfeição, à sua perfeição!.

Acima, foto realizada em 11/02/2013 na cidade de Morretes-PR.

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